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segunda-feira, 8 de julho de 2013

Uma "nova" LEITURA da obra de Machado de Assis

Em Machado de Assis: por uma poética da emulação, publicado pela Civilização Brasileira em junho deste ano, João Cezar de Castro Rocha, estudioso da obra de Machado, nos propõe uma nova leitura da obra machadiana, por meio da ideia de "poética da emulação", ou seja, uma estratégia de usar não apenas da imitação, mas do passado e da referência a certas obras, com a meta de reutilizando-as lhes dar simultaneamente novos significados. E, para ele, seria justamente isso que teria feito com que o Machadinho se tornasse o "Machado de Assis", que todos conhecem, passando de uma primeira fase subserviente ao cânone instituído, para uma segunda fase, que se abre com "Memórias póstumas de Brás Cubas", cheio de ousadia e coberto de irreverência. Essa é a meta de João Cezar: mostrar-nos de que maneira o contexto, a recepção de certas obras e autores, juntamente com a insatisfação de Machado perante sua própria obra, o instigou a efetuar uma verdadeira reavaliação de seus textos e de sua postura perante a literatura, permitindo-lhe avançar com ousadia e irreverência em seus escritos. Mas, como não deixa de indicar, tal processo não se fez de modo abrupto e sem ligação com a fase anterior, pois muitas das temáticas experimentadas na segunda fase, teriam sido amplamente gestadas na fase anterior. Referência: ROCHA, J. C. C. Machado de Assis: por uma poética da emulação. RJ: Civilização Brasileira, 2013.

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