Com uma regularidade imprecionante de textos publicados em revistas especializadas e na forma de livros, José Carlos Reis (professor na UFMG) nos brinda com mais um título interessante: História & Teoria: tempo histórico, história do pensamento histórico ocidental e pensamento brasileiro, que acaba de sair pela Editora da Fundação Getúlio Vargas (a FGV). Apesar de não haver a indicação 2 no título, nitidamente o autor dá continuidade aos estudos de História & Teoria: historicismo, modernidade, temporalidade e verdade, publicado pela mesma editora em 2003 (e que já está em sua terceira edição). Convém, de imediato, indicar que a obra de José Carlos Reis já é bem extensa, das mais ricas publicadas no Brasil dos anos 1990 para cá na área de teoria e metodologia da História, e em que se encontram: Nouvelle
Histoire e tempo histórico. A contribuição de Febvre, Bloch e Braudel (São
Paulo: Ática, 1994); Tempo,
História e Evasão (Campinas/São Paulo: Papirus, 1994); Annales:
a renovação da história (Belo Horizonte: Editora da Ufop, 1996); A
História: entre a filosofia e a ciência (São Paulo: Ática, 1999, 2ª Edição); As
identidades do Brasil: de Varnhagen a FHC (Rio de Janeiro: FGV, 1999); Escola
dos Annales. A inovação em História (São Paulo: Paz e Terra, 2000); Wilhelm
Dilthey e a autonomia das ciências histórico-sociais (Londrina: Eduel,
2003); As
identidades do Brasil 2 (Rio de Janeiro: FGV, 2006);O desafio historiográfico (Rio de
Janeiro: Editora FGV, 2010); e História da “consciência histórica”
ocidental contemporânea: Hegel, Nietzsche, Ricoeur (Belo Horizonte/MG:
Autêntica, 2011). Alguns desses livros já tiveram várias edições, como é o caso de As
identidades do Brasil: de Varnhagen a FHC que já está em sua 9ª Edição, o que por si só deve ser saudado, pois, este é um campo de pesquisa em que normalmente as obras publicadas não contam com tamanha aceitação pelo público, especialmente, o de não especialistas.
Nesse novo livro, José Carlos Reis nos oferece um rico painel sobre a história da historiografia e a teoria da história desde o século XIX até meados do XXI, tendo em vista, especialmente, as obras de Paul Ricoeur, Fernand Braudel, Claude Lévi-Strauss, Henri Berr, Dilthey, Weber e Marx. Além de efetuar ricas comparações e distinções entre cada um deles, o autor procura pensar tanto a história do pensamento histórico ocidental, quanto a do pensamento brasileiro. De modo que é de saudar mais esta obra do autor, e que vem acrescentar questões e análises sobre a teoria e a história da historiografia, inclusive, a nacional.
Para saber mais: http://www.editora.fgv.br/?sub=produto&id=523
Nenhum comentário:
Postar um comentário